quinta-feira, 15 de novembro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ela quase matou andy warhol

[manual para guisado de homens com foto da cozinheira-mor na capa]

para muitos esta seria a machete que resumiria valerie jean solanas. o seu nome é uma mistura de francês com espanhol, no entando valerie nasceu nos estados unidos.

feminista, jornalista, prostituta e lésbica, ela publicou em 1968 o SCUM Manifesto. em inglês, scum quer dizer escória e para solanas significa society of cutting up men, algo como "sociedade para fazer guisado dos homens".

neste seu manifesto, solanas pregava a extinção dos homens. isso mesmo: não aos homens e sim aos bancos de esperma. radical, dirão alguns. mas onde está a lógica deste pensamento? para solanas, patriarcalismo e propriedade caminham juntos, o que significa que a mulher é mais uma propriedade dos homens. a equação é simples: sociedade - homens = sociedade sem mulheres como propriedade.

certamente, haveria muito guisado pra fazer. risos!
mas vale lembrar o ano tumultuado em que solanas publicou o seu SCUM: 1968.

olhares para o masculino: james bidgood

[james bidgood e pink narcissus]
este filme que por muitos anos teve a direção atribuída a andy warhol é de fato de james bidgood. somente após a publicação do livro homônimo pela editora alemã taschen é que se teve a certeza que o filme pertencia a bidgood. autoria resolvida, o trabalho estético alcançado influenciou dezenas de artistas, entre eles a dupla francesa pierre et gilles. pink narcissus é uma raridade da chamada queer-art.

matmos

[matmosssssss duo]


the rose has teeth in the mouth of a best, o mais recente cd da dupla de san francisco traz 10 faixas, cada uma é em homenagem aos seus ídolos. o que há de comum entre eles? o fato de serem homossexuais.


veja a opinião da crítica sobre o mais recente cd de matmos:


“The Rose Has Teeth In The Mouth Of A Beast” é o novo trabalho do duo de São Francisco Matmos. Uma série de retratos escolhidos de entre as muitas personalidades que admiram. Uma espécie de biografia musical, algumas vezes enigmática, outras vezes óbvia, como que um de álbum de família fracturado. Trata-se do trabalho mais melódico e conceptual de Matmos. A partir das biografias dos seus ídolos, William S. Burroughs, Darby Crash, o Rei Luís II da Bavária, Joe Meek, e outros, voltam a representar momentos importantes dessas vidas para obter sons e melodias. Usam objectos que foram importantes para esses ‘personagens’ para construir melodias a partir de ruído. Algumas canções concentram-se em detalhes particulares (a canção dedicada a Wittgenstein é uma versão de um parágrafo retirado do seu “Investigações Filosóficas”), e outras vezes remetem para um episódio da vida dos homenageados (a canção de Luís II revive o incidente ocorrido quando ordenou que servissem a refeição da noite ao seu cavalo favorito no salão dos espelhos do seu castelo – os resultados foram desastrosos). Noutros casos a representação é mais abstracta e conceptual, a canção para Patricia Highsmith é uma colaboração com o seu animal favorito: o caracol – eles fizeram uso de raios laser sensíveis ao movimento e deixaram que vários caracóis se arrastassem para produzir sons únicos). Entre os colaboradores neste disco, destacam-se Antony, Kalonica McQuesten, Laeticia Sonami, Maja Ratjke e Björk. “The Rose Has Teeth In The Mouth Of A Beast” é mais movimentado e divertido que o último “The Civil War” (um ensaio, sob o efeito de alucinogénios, sobre a folk americana), mas também mais obscuro."



9 de novembro - a noite dos cristais


não é o que vc está pensando não!
a noite dos cristais não é um desfile! e pode até ser considerado como tal, mas trata-se de um desfile do horror, o primeiro ensaio para o extermínio dos judeus durante o nazismo.


leia abaixo o texto de ben abraham sobre esta data fatídica retirado de visão judaica, 19.


Visão Judaica - Edição N° 19
:. A Noite dos Cristais - 65 anos depois .:

Por: Ben Abraham *

O assassinato de Von Rath, em 7 de novembro de 1938, foi o pretexto que os nazistas esperavam para iniciar o processo de extermínio dos judeus. A inércia e a indiferença do mundo a esse abominável acontecimento deram a Hitler o 'sinal verde' para continuar sua macabra tarefa que culminou com o Holocausto.
Decretadas em 15 de setembro de 1935, as leis de Nüremberg aboliam pura e simplesmente os direitos que os judeus ainda possuíam devido à sua nacionalidade alemã. Privados dos mínimos direitos como cidadãos, voltaram praticamente a viver na penúria reinante na Idade Média.
Entre outras restrições, seus bens foram confiscados, foi-lhes proibido exercer profissões liberais; seus estabelecimentos passaram a ser supervisionados por comissários arianos e suas contas bancárias congeladas.
Naquela época, 80 mil judeus de procedência polonesa viviam na Alemanha. Preocupado com as restrições às atividades econômicas dos judeus na Alemanha, o governo polonês determinou, no verão de 1938, que todos os portadores de passaportes poloneses teriam de revalidá-los. O objetivo era evitar que um grande número de judeus empobrecidos pela política nazista retornasse à Polônia, agravando os problemas econômicos desse país; como também que fosse aumentado o número de uma minoria que então não era vista com bons olhos pelo governo e a população polonesa.
Assim, qualquer motivo servia para que os passaportes dos judeus, que viviam no estrangeiro, fossem declarados vencidos e nulos. Tal procedimento deu a Hitler um bom pretexto para se livrar dos judeus que se tornaram apátridas. Assim, em 28 de setembro de 1938, um ano antes da guerra ter começado, a polícia alemã, com a colaboração da SS e da SA, retirava de suas casas homens, mulheres e crianças que, ainda recentemente, possuíam a nacionalidade polonesa.
Obrigados a deixar todos os seus bens, foram amontoados em caminhões e vagões de carga e levados à fronteira polonesa. Após concentrá-los num campo, foram conduzidos a pauladas e chicotadas através da fronteira. Perplexos, os guardas poloneses da fronteira, sem saber como agir contra uma massa humana que corria em sua direção, deixaram que passasse.
Entre os repatriados, encontrava-se um sapateiro chamado Gerson Grynszpan e sua mulher. Seu filho Herschel, de 17 anos, vivia em Paris. Este, quando soube das circunstâncias em que seus pais haviam sido expulsos da Alemanha, resolveu fazer justiça com as suas próprias mãos.
No dia 7 de novembro, Herschel comprou um revólver e dirigiu-se à Embaixada alemã com o objetivo de matar o embaixador nazista Conde von Welczek. Pedindo audiência, foi conduzido até o gabinete do conselheiro da Embaixada, von Rath. Pensando estar diante do embaixador, atirou no conselheiro, ferindo-o mortalmente.
Quando a notícia da morte de von Rath chegou à Alemanha, uma atividade febril começou imediatamente a reinar na Prinz Albrechtstrasse - sede da central da Gestapo. A ordem da ação foi assumida pessoalmente pelo temível Reinhard Heydrich que há tempos havia preparado os planos de um pogrom de vulto, esperando só um pretexto.
Para dar ao mundo a impressão de que a vingança partira do povo e fora espontânea ordenou a todos os grupos da SA e SS que participassem da ação vestindo roupas civis. Na noite de 9 de novembro de 1938, iniciaram-se os ataques. A polícia recebeu ordens para não interferir. Sinagogas, casas e lojas judaicas foram depredadas e incendiadas. Inúmeros judeus foram abatidos a pauladas enquanto dezenas de milhares, presos e internados nos campos de concentração, dos quais praticamente ninguém voltou.
O terror prosseguiu nos dias 10 e 11 de novembro. Por causa das vitrines quebradas essa ação foi denominada `Kristalnacht - A Noite dos Cristais`. Menos de três anos mais tarde, em 31 de julho de 1941, Herman Goering incumbiu Reinhard Heydrich, mentor do pogrom da `Noite dos Cristais`, de preparar a solução 'definitiva e final do problema judaico', cujo saldo foram 6 milhões de judeus exterminados durante o Holocausto.
A `Noite dos Cristais` constituiu para Hitler um balão de ensaio para verificar a reação mundial frente ao primeiro atentado físico aos judeus após ter assumido o poder. E o mundo silenciou, inclusive judeus nas Américas. O mais revoltante neste episódio é o fato da liderança judaica ter exercido influência nos Estados Unidos para vetar a emissão de vistos de entrada para os judeus alemães com a alegação que a sua vinda provocaria maior desemprego e, em conseqüência, desencadearia uma onda de anti-semitismo...

* Ben Abraham - é jornalista, escritor e presidente da Sherit Hapleitá do Brasil


domingo, 11 de novembro de 2007

slava mogutin

[foto de slava mogutin]

[foto de slava mogutin na capa da index]

slava mogutin nasceu em 1974, na sibéria, russia. é exilado e vive em Nova Iorque desde 1995. é jornalista e poeta. é um dos nomes da chamada queer-art e tem um trabalho provocativo no qual destaca-se o seu olhar para o masculino.
para conhecer mais: www.slavamogutin.com

BRA de BRAsil

ocorreu-me de pensar no caso da BRA, empresa de aviação aérea, e de pensar muito porque eu fui, ou ainda sou, um dos seus passageiros prejudicados.

vou explicar melhor: é que comprei uma passagem no trecho são paulo (guarulhos) - fortaleza para o dia 13 de dezembro de 2007, pois pretendo rever meus familiares e amigos.

passagem paga e a expectativa de fazer a viagem. dias depois, a notícia: a BRA faliu! obviamente, bate um certo desespero, afinal não dá pra ficar comprando passagem aérea toda hora, pelo menos eu não posso fazê-lo.

depois dos primeiros dias de turbulência nos chega a notícia de que a empresa ocean air vai assumir os vôos da BRA. tudo bem! vamos aguardar e torcer pra que assim seja, amém! e que no final tudo dê certo. obviamente, enfrentaremos horas de espera, filas, cancelamentos e tudo o mais, porém dos males o menor, pois o que importa mesmo é chegar vivo ao destino escolhido.

mesmo que tudo termine bem, esta situação é no mínimo absurda. como uma empresa aérea sabe que está falida e continua vendendo bilhetes, fazendo promoções? como a anac recebe inúmeras reclamações contra esta mesma empresa e não a põe sob suspeição? quando infringimos leis somos multados ou condenados pela justiça e, neste caso, ninguém condena os proprietários da empresa por causar transtorno?

não quero achar que o ocorrido é falta de sorte minha e, se o for, sei que não estou sozinho, pois centenas de outras pessoas podem vir a ser prejudicadas. mais do que falta de sorte nossa, eu acho que o que melhor explica esta situação é a falta de respeito. acho até pretencioso que alguém pense que não foi atingido por esta crise porque é mais sortudo do que outros. eu não penso assim, pois não se trata de uma situação meramente pessoal, trata-se de algo que reflete o país. obviamente, sei que no BRAsil é preciso mesmo muita sorte para viver sobretudo porque as instituições não funcionam. infelizmente, ocorreu-me também de pensar que BRA é de BRAsil, ou seja, este problema é somente um sinal de que por aqui as coisas andam mal desde 1500, mas não dá para achar que seja somente por falta de sorte do país!

contos sobreentendidos

[entre nós; capa e projeto gráfico de rico lins]



já se encontra nas livrarias a coletânea de contos entre nós, organizada por luiz ruffato. e publicada pela editora língua geral.


de machdo de assis à simone campos, passando por nomes consagrados de nossa literatura, entre nós traz contos sobre a homossexualidade, como já foi feito nas coletâneas histórias do amor maldito; o amor com olhos de adeus; triunfo dos pêlos e outros contos gls e lado b, histórias de mulheres.


se vc tiver dificuldade de encontra entre nós, dá uma passadinah no site da editora língua geral:
http://www.linguageral.com.br/site/aeditora.asp?sec=aeditora.


serviço:

entre nós: contos sobre homossexualidade

organizador: luiz rufato

editora: língua geral

valor: 35, - no site da editora.

sábado, 10 de novembro de 2007

charlotte von mahlsdorf

[capa do livro i am my own wife, a autobiografia
de charlotte von mahlsdorf]




esta senhora alemã da foto aí em cima é charlotte von mahlsdorf. ela nasceu em 1928 com o nome de lothar berfelde, na cidade de mahlsdorf, que lhe serve de sobrenome, e faeceu em 2002.

charlotte era travesti e sem abrir mão do desejo de ser mulher resistiu ao nazismo.

habitualmente, charlotte usava colares de pérolas com os quais sempre foi fotografada.

charlotte escreveu i am my own wife [sou minha própria esposa].

no brasil, o ator edwin luise levou aos palcos a peça homônima, que já fazia sucesso na broadway.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

aqui você pode, ROGÉRIA!!!!!!!!!! - II

tive a grata supresa da passagem da jornalista madelaine lacsko pelo meu blog. ao ver a foto de rogéria no post aqui vc pode, ROGÉRIA!!!!!!!, madelaine lacsko me mandou um vídeo apresentado por ela na na JOVEN PAN ON LINE. OBRIGADO, MADELAINE!!!!!!!!!

segue abaixo o link do vídeo cedido gentilmente pela jornalista madelaine lacsko da jovem pan on line:
http://www.jp.com.br/jpamnew/media/online/?id=4351&programa=1880&date_video=2007-11-08+21:03:55&v_name=Madeleine_politica_final_081107&v_name_wm=Madeleine_politica_final_081107&v_name_flv=Madeleine_politica_final_081107&tipo=3

aqui você pode, ROGÉRIA!!!!!!!!!!

para começar: eu sei que postar imagens feitas por outras pessoas é crime! mas, ainda assim, resolvi capturar e postar sem autorização de luiz garrido esta foto de ROGÉRIA. o BRASIL é muito engraçado! aliás, os POLÍTICOS BRASILEIROS são mais ENGRAÇADOS ainda.

a imagem de uma transformista conhecida em todo o país não pode estar em exposição na CÂMARA DOS DEPUTADOS, mas um senador pode ter uma amante e pagar a pensão alimentícia de sua filha com recursos advindos de falcatruas. assim, se na CÂMARA você não pôde, AQUI VOCÊ PODE, ROGÉRIA!!!!!!!!!!!!!


foto de luiz garrido

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

hds portáteis e pencil drives


não sei se vcs têm, mas eu tenho o hábito de usar caderninhos de notas e lápis. nesses tempos de palm top, eu ainda uso os cadeninhos. claro que tenho pen drive e todos estas novidades, mas pra mim cadernos e lápis têm um charme especial, pois remetem a cenas de filme, como os famosos caderninhos moleskine. infelizmente, não é fácil achar os moleskines no brasil, mas temos similares de boa qualidade como s do ateliê machado - http://www.ateliemachado.com.br/ - e, é claro, esses caderninhos que a gente encontra ao acaso em livrarias e papelaria. eu acho que é um charme especial anotar o que nos interessa. eu sempre incentivo esse hábito. acima foto dos meus hds portáteis e pencil drives: