domingo, 11 de novembro de 2007

BRA de BRAsil

ocorreu-me de pensar no caso da BRA, empresa de aviação aérea, e de pensar muito porque eu fui, ou ainda sou, um dos seus passageiros prejudicados.

vou explicar melhor: é que comprei uma passagem no trecho são paulo (guarulhos) - fortaleza para o dia 13 de dezembro de 2007, pois pretendo rever meus familiares e amigos.

passagem paga e a expectativa de fazer a viagem. dias depois, a notícia: a BRA faliu! obviamente, bate um certo desespero, afinal não dá pra ficar comprando passagem aérea toda hora, pelo menos eu não posso fazê-lo.

depois dos primeiros dias de turbulência nos chega a notícia de que a empresa ocean air vai assumir os vôos da BRA. tudo bem! vamos aguardar e torcer pra que assim seja, amém! e que no final tudo dê certo. obviamente, enfrentaremos horas de espera, filas, cancelamentos e tudo o mais, porém dos males o menor, pois o que importa mesmo é chegar vivo ao destino escolhido.

mesmo que tudo termine bem, esta situação é no mínimo absurda. como uma empresa aérea sabe que está falida e continua vendendo bilhetes, fazendo promoções? como a anac recebe inúmeras reclamações contra esta mesma empresa e não a põe sob suspeição? quando infringimos leis somos multados ou condenados pela justiça e, neste caso, ninguém condena os proprietários da empresa por causar transtorno?

não quero achar que o ocorrido é falta de sorte minha e, se o for, sei que não estou sozinho, pois centenas de outras pessoas podem vir a ser prejudicadas. mais do que falta de sorte nossa, eu acho que o que melhor explica esta situação é a falta de respeito. acho até pretencioso que alguém pense que não foi atingido por esta crise porque é mais sortudo do que outros. eu não penso assim, pois não se trata de uma situação meramente pessoal, trata-se de algo que reflete o país. obviamente, sei que no BRAsil é preciso mesmo muita sorte para viver sobretudo porque as instituições não funcionam. infelizmente, ocorreu-me também de pensar que BRA é de BRAsil, ou seja, este problema é somente um sinal de que por aqui as coisas andam mal desde 1500, mas não dá para achar que seja somente por falta de sorte do país!

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